Escalação do Uruguai: Fernando Muslera, Maxi Pereira, Lugano, Vitorino (Scotti), Martin Cáceres, Diego Pérez, Arévalo Ríos (Gargano), Álvaro González, Álvaro Pereira (Eguren), Diego Forlán e Luis Suárez.
Escalação da Argentina: Romero, Zabaleta, Burdisso, Gabriel Milito, Javier Zanetti, Fernando Gago (Biglia), Mascherano, Ángel di María (Pastore), Messi, Sergio Agüero (Tevez) e Gonzalo Higuaín.
O clássico cisplatino logo nos primeiros minutos demonstrou a partida tensa e truncada que seria, com ambas as equipes partindo para o ataque, em jogadas velozes e constantes. Logo aos 2min Diego Pérez recebeu cartão amarelo por falta em Mascherano. O cartão do árbitro não acanhou Pérez, e veio dos pés do volante o primeiro gol do Uruguai, calando a torcida argentina: aos 5min Forlán cobrou falta, Martín Cáceres apareceu na área e seu cabeceio para nas mãos do goleiro, que dá rebote; Pérez, sozinho, não desperdiça a oportunidade e abre o placar: 1x0.
O Uruguai ganhou fôlego com o gol marcado, ainda assim a Argentina não demonstrou desespero em campo e impulsionada por sua paciente torcida seguiu no ataque, parando na defesa uruguaia bem compactada em sua área, que não deixava Messi criar e distribuir os bons passes que nem na partida contra a Costa Rica.
Aos 14min Kun Agüero chegou sozinho pela lateral, a zaga da celeste não conseguiu parar o atacante, que chutou com pouco ângulo para a defesa do goleiro Muslera. Aos 17min foi a vez da Argentina igualar o jogo: Messi controlou a bola e conduziu-a pela direita do campo, a defesa uruguaia não conseguiu parar o melhor do mundo, que cruzou direto para Higuaín dentro da área, que só cabeceou a bola para as redes de Muslera: 1x1 no estádio Cemitério dos Elefantes, e explosão da torcida argentina.
Com o empate o jogo esquentou definitivamente, com muitas faltas de ambos os lados. Os argentinos mantinham mais domínio da bola, enquanto o Uruguai contentava-se em se defender atrás. E as contínuas tentativas da Argentina nos últimos minutos terminaram em um gol de Higuaín, aos 29min, que acha espaço para cabecear em uma enrolação na área uruguaia. Contudo o auxiliar marca impedimento do atacante, invalidando o tento e irritando os argentinos.
A partida ficou violenta, e em apenas dois minutos Martín Cáceres e Álvaro González levaram cartão amarelo. Em uma cobrança de falta de Forlán outro gol da Celeste, mas outro impedimento: Cáceres, já impedido, cabeceia, o goleiro Romero afasta, mas dá rebote e o Uruguai marca. O auxiliar anula o tento, para o desespero da seleção visitante.
O azar uruguaio continuou com a expulsão de Diego Pérez, que após receber o segundo cartão amarelo, por entrada dura em Gago, é expulso, deixando a celeste com 10 em campo, em um jogo onde a Argentina já vinha dominando. Fim do primeiro tempo, tudo empatado no clássico cisplatino.
O segundo tempo começou sem alterações nos times, e também mais parado, com as seleções mais calmas e sem armar nenhuma jogada de perigo. Aos 6min acontece o primeiro lance para levantar a torcida: Lugano próximo a área fez falta sobre Di María, mas o argentino não arrisca nenhum chute e longe e só tabela com um companheiro.
Aos 12min um torcedor invadiu o campo, paralisando a partida momentaneamente, que não demonstrava a mesma animação do primeiro tempo, com os times acuados.
Forlán tentava organizar o meio campo e tabelar com seus companheiros, mas os outros jogadores não conseguiam manter a posse de bola, e nas boas bolas paradas do atacante não finalizavam. Do lado argentino, muitos toques entre os jogadores e mais finalizações, contudo Muslera estava firme no gol, realizando uma sequência incrível de defesas, principalmente uma bomba de Higuaín na cara do gol aos 32min.
Aos 33min a celeste responde com Forlán, que chuta na pequena área, numa claríssima tentativa de gol, mas Romero sai bem na bola e defendeu. Já nos minutos finais do tempo regulamentar um ótimo cabeceio de Lugano morre na trave adversária, desesperando o capitão uruguaio. Logo depois Mascherano recebeu o segundo amarelo por falta em Suárez e foi expulso: 10 jogadores de cada lado do campo.
No finalzinho da partida a celeste se salva novamente, com Muslera, que se firma como o nome do jogo: faltando apenas dois minutos para o fim do tempo regulamentar, Tevez cobra falta e o goleiro faz uma incrível defesa, dando rebote que foi pego por Higuaín. Com velocidade, Muslera retorna a sua posição e salva o chute do atacante argentino. Já nos acréscimos o Uruguai perdeu a chance de finalizar o jogo, com Suárez na linha de fundo mandando um cruzamento limpo para Forlán na cara do gol, que cabeceia para fora.
Na prorrogação o Uruguai começou melhor, com mais fôlego, e aos 3min Pereira apavora os hermanos, chutando por cima do gol. Pressionados, a Argentina fechava-se mais atrás, enquanto Forlán e Suárez não saiam do campo adversário. Num dia inspiradíssimo, Muslera ainda pegou uma cobrança de falta de Messi, e uma bomba rasteira de Higuaín. Fim da prorrogação, 1x1 no clássico, e a decisão é levada para os pênaltis.
O 1º pênalti da Argentina quem cobrou foi Messi e bem, sem chances de defesa. No lado do Uruguai Forlán converteu o primeiro, chutando no meio do gol. Burdisso bateu o segundo e Suárez converteu o próximo uruguaio. E na vez de Tevez, o aclamado jogador da torcida argentina, a estrela de Muslera brilha novamente, e o goleiro defende, para o pânico da torcida da casa.
Com um erro a Argentina correu atrás do resultado com Pastore e Higuaín convertendo seus pênaltis, contudo Gargano e Cáceres pelo lado do Uruguai também acertaram as redes, encerrando o sonho argentino pela Copa América, o que quebraria um jejum de anos da Argentina sem ganhar nenhum título.
Alegria da Celeste, que avança para as semifinais onde enfrentará o Peru, que venceu a Colômbia mais cedo.
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