29 de abril de 2011

De um Capitão para dois.

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Mesmo para aqueles não iniciados no universo do vôlei o nome “Giba” não é novidade, também pudera, sua imagem repercute há anos por todo o mundo, e não é exagero alegar que Giba, junto a Bernardinho, foi um dos principais fatores para que a Seleção Brasileira conquistasse tantos títulos nos últimos anos.

Mas o incansável ponteiro tem estado no banco de reservas nos últimos jogos da Seleção, sua posição sendo ocupada por Dante e Murilo Endres, o último assumindo sua braçadeira de capitão em quadra, enquanto fora dela Giba une-se aos gritos experientes do campeonissímo técnico a fim de ajudar a equipe.

É incontestável a habilidade excepcional de Murilo, ele é um jogador inteligente e técnico em todos fundamentos, porém não discuto suas habilidades, e sim a faixa que estaria pressionando seu braço caso fosse futebolista, a de capitão. Murilo tem 29 anos, é gaúcho e irmão do meio de rede Gustavo, o lendário “paredão” das Olimpíadas de 2004, já considerado o melhor bloqueador do mundo. Ao contrário de seu irmão, o caçula dos Endres é tímido, contido, sua força e garra são mais expressas em suas jogadas do que são propriamente ditas.

Infelizmente, uma das imagens mais predominantes do vôlei nacional se aposentará da Seleção Brasileira em 2012. Giba tomou sob seus ombros a tarefa de lidar com a mídia, com os patrocinadores e com a torcida durante anos; em suma, é um capitão no sentido clássico da palavra, cujo magnetismo midiático é tão intenso quanto de famosos jogadores de futebol. Vai-se essa lenda das quadras da nossa Seleção Masculina, mas seu posto como incentivador incansável já tem nome marcado: Bruno Rezende.

Antes chamado apenas de "filho do Bernardinho", Bruninho tem somente 24 anos e lidera o time de Florianópolis, quatro vezes campeã da Superliga (campeonato nacional de vôlei). Conquistou em absoluto seu espaço no Seleção Brasileira com a saída do levantador Ricardinho, em 2007, e hoje junto a Seleção à voz de Bruninho é tão ouvida quanto os famosos “puxões de orelha” do técnico Bernardinho, incentivando, desafiando e entorpecendo a torcida com suas exclamações e gestos de comemoração. Com a saída de Giba, não somente os holofotes se voltarão (ainda mais) para Bruninho, mas igualmente farão seus companheiros de “amarelinha”, que buscarão nele também, e não somente em Murilo, aquele incentivo tão necessário para fazer uma equipe vencedora, e que provém principalmente de um digno capitão. Felizmente, nossa Seleção Brasileira será privilegiada com não um, mas dois "capitães".

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