10 de agosto de 2011

Amistoso: Brasil x Alemanha

Desta vez não teve Ronaldo para amargar o chopp alemão. Com o fiasco na Copa América ainda entalado na garganta, a Seleção Brasileira buscava se redimir perante sua torcida e a imprensa nesta quarta-feira, em amistoso contra a Alemanha, disputado no estádio Mercedes-Benz Arena, em Stuttgart. Enfrentando um time que continuamente está em processo de renovação, convocando jovens revelações em seus clubes, o time comandado por Mano Menezes novamente demorou para mostrar um futebol competitivo em campo, e com erros bobos da defesa e incapacidade no ataque, a zica brasileira segue, com a canarinho não tendo vencido nenhuma partida disputava contra uma grande seleção do futebol mundial.
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Escalação do Brasil: Julio César, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos (Luiz Gustavo); Ralf, Ramires e Fernandinho (Ganso); Robinho (Renato Augusto), Neymar e Pato (Fred).

Escalação da Alemanha: Manuel Neuer; Träsch, Hummels, Badstuber e Lahm; Schweinsteiger (Rolfes), Kroos, Götze (Cacau) e Müller; Podolski (Klose) e Gomez (Schürrle).

A Alemanha dominou amplamente os primeiros minutos da partida, mantendo o domínio de bola e chegando constantemente ao ataque, forçando o Brasil a recuar em seu campo. Logo aos 5min Julio César foi forçado a realizar sua primeira defesa, um chute na cara do gol de Götze. Sendo pressionado pelo time da casa, a Canarinho criava pouco e contentava-se em defender, seus principais lances saindo dos pés de Robinho, como um que aconteceu aos 11min: o atacante avançou para área e deu passe para Pato, este tentou limpar a jogada, contudo demorou demais e foi desarmado.

Aos 15min, no contra-ataque, André Santos surgiu pela lateral, tentou cruzar para área, mas Neuer apareceu bem para tirar com o pé. Após essa tentativa o Brasil pareceu acordar em campo, chegando mais ao ataque e diminuindo a retranca. Aos 21min bela jogada alemã: Träsch pela lateral lançou para Kroos, o meia bateu de primeira, Julio César sequer saiu na bola, que passou raspando pela trave.

Com o jogo mais aberto e ambas as seleções explorando o ataque, o Brasil conseguiu diminuir um pouco a desvantagem em relação a posse de bola. Ainda assim, os germânicos possuem claramente mais time que a Canarinho atualmente, e o entrosamento de seus jogadores é visível e benéfico em campo. Quando a Seleção chegava com perigo, a zaga alemã rapidamente conseguia desarmar a jogada, e quando Pato aparecia tinha dificuldade em finalizar seus lances. Fim do primeiro tempo pacato e o placar zerado no Mercedes-Benz Arena.

O Brasil começou no segundo tempo dando um susto no adversário: jogada rápida do time verde amarelo, Ramires roubou a bola, acionou Fernandinho que chutou para frente, onde Pato aguardava para finalizar. Neuer se equivocou e saiu do gol antes, porém o atacante tentou mandar por cobertura, pegou mal e a bola passou longe.

Aos 13min Lúcio disputou bola com Kroos, o zagueiro entrou com a perna muito levantada e o meia aproveitou-se para desequilibrar; o árbitro apontou pênalti para o desespero brasileiro, que parecia estar se encontrando em campo. Schweinsteiger cobrou bem, mandando para a direita enquanto Julio César caiu para o outro lado: 1x0 para os europeus.

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Aos 21min a Alemanha ampliou o placar, desta vez com a revelação do Borussia Dortmund, Götze, que driblou o goleiro para balançar as redes brasileiras. Com 2x0 no marcador, e o Brasil teve que partir para o tudo ou nada buscando amenizar a péssima imagem que a Seleção vem passando entre as quatro linhas.

O que parecia ser uma salvação para os brasileiros aconteceu aos 25min, Daniel Alves aproveitou disputa de bola na área com Lahm e se atirou; pressionado, o árbitro marcou pênalti. Diferente dos brasileiros na Copa América, Robinho converteu, quebrando seu jejum de gols pela Seleção que durava desde o jogo contra a Holanda na Copa do Mundo, onde o jogador marcou o único gol brasileiro na derrota por 2x1.

A Alemanha encontrava espaços para jogar com facilidade seu futebol eficiente, enquanto a Canarinho lutava para empatar. Para o delírio da torcida da casa, foram novamente eles que balançaram as redes, em um erro básico da zaga brasileira. Aos 34min André Santos bobeou na área ao tentar sair jogando, oportuno, Schweinsteiger apareceu para roubar a redonda e rolar para Schürrle, que com liberdade mandou uma bomba para o gol de Julio César, sem chances de defesa. 3x1 para a Alemanha, e festa da torcida em Stuttgart.

Com o placar favorável, o time da casa ficou tocando a bola, chegando algumas vezes com perigo, contudo sem o entusiasmo de outrora. Já nos acréscimos, a Seleção Brasileira anotou mais um: após jogada de Ganso, a bola sobrou na área e apareceu Neymar para diminuir a derrota brasileira. Apito final no estádio Mercedes-Benz Arena, 3x2 para a Alemanha, que desde 1993 não vencia uma disputa contra o time verde amarelo, o duelo mais memorável sendo sua derrota por 2x0 na Copa do Mundo de 2002, onde o Brasil levou o caneco com dois gols de Ronaldo.

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(Muito marcado em campo e pouco participativo, Neymar ainda não conseguiu mostrar seu futebol pela Seleção Brasileira principal)

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