
(O atacante Henrique acumula 5 gols no torneio e pode ser o artilheiro caso marque na final contra Portugal)
Escalação do Brasil: Gabriel; Danilo, Bruno Uvini, Juan e Gabriel Silva (Allan); Fernando, Casemiro, Oscar e Philippe Coutinho (Dudu); Henrique e Willian José (Negueba).
Escalação do México: Rodríguez; Acosta (Pulido), Araújo e Reyes; Orrantia, de Buen (Piñon), Enríquez e Ibáñez; Dávila; Guarch (Rivera) e Torres.

O domínio do Brasil era visível no início da partida, com a Seleção mantendo um toque refinado de bola e continuamente armando lances de para chegar na área adversária. Com o time verde tendo maior posse de bola e ditando o ritmo da disputa, os mexicanos começaram a fazer faltas duras, como uma de Erick Torres sobre Bruno Uvini. Após a superioridade do time de Ney Franco nos primeiros minutos, o México acordou e saiu mais para a partida, não recuando tanto e avançando especialmente com Torres e Dávila.
Aos 15min lance feio na partida, Torres dominou com liberdade na área, Gabriel saiu do gol para segurar a bola, contudo o mexicano deixou a perna e pegou no rosto do brasileiro. O goleiro do Cruzeiro ficou instantes deitado no chão, a partida foi paralizada e na volta o olho de Gabriel estava inchado e roxo. Apesar do susto ele permaneceu em campo.
No decorrer do primeiro tempo o Brasil prosseguia melhor na partida. Oscar se deslocava do meio para a frente com qualidade, distribuindo e armando bem as jogadas, enquanto Casemiro chegava com oportunismo para reforçar o poder ofensivo da canarinho. Aos 27min falta sobre Casemiro próximo a área, Oscar cobrou mas a bola bateu na barreira e desviou para o fundo.
Aos 30min dois sustos seguidos do México. Primeiro, Gabriel foi forçado a espalmar uma bomba lançada por Dávila, logo depois Orrantia chutou com força de longe, a zaga brasileira não chegou a tempo, mas para o alívio viu a bola passar apenas raspando pela trave.
Com a Seleção tendo mais posse de bola e volume de jogo, o México tentava chegar ao gol nos contra-ataques, sempre comandados por seu camisa 10, Torres, que apesar de ser habilidoso, apela demais para o jogo bruto. A defesa da canarinho começou a abrir brechas para os mexicanos chegarem a área com perigo, e o adversário só não abriu o placar por pecar na conclusão.
Aos 35min bela jogada brasileira, Oscar vindo de trás apareceu na área, tabelou com Gabriel Silva, que cruzou para Willian José. O atacante pegou de cabeça, mas mal, e a bola foi para fora. Aos 46min saiu o gol mexicano, posteriormente anulado pelo árbitro. Dávila lançou para Torres na área que subiu e de cabeça balançou as redes, contudo em posição de impedimento, e os brasileiros puderam suspirar aliviados, especialmente a zaga, que demorou para perceber Torres. Final do primeiro tempo e o placar zerado.
Buscando abrir o placar e evitar uma prorrogação, ambas as seleções começaram atacando e correndo muito no início do segundo tempo. Aos 4min bom chute de Rivera, que de longe mandou uma bomba para o gol, Gabriel se agachou e com firmeza defendeu. Aos 5min foi a chance brasileira de abrir o marcador, cobrança de escanteio de Coutinho, Bruno Uvini pegou de cabeça mas mandou a bola para fora.
O ritmo do time verde amarelo vinha diminuindo na segunda etapa. Com o Brasil não conseguindo alcançar a velocidade necessária para chegar a meta mexicana, Ney Franco tirou Willian José aos 9min e apostou em Negueba, que entrou bem em todos os jogos desta Copa do Mundo. Com muita troca de passes no meio campo, os times continuavam pecando nas finalizações, errando muitos passes na entrada da área.
Aos 12min boa chance mexicana, Piñon avançou pela direita, Casemiro deixou passar, e o jogador chutou com firmeza. Gabriel se posicionou bem e espalmou. Com o México atuando com mais eficiência e empacando o jogo brasileiro, a Seleção encontrava dificuldades para se arrumar em campo e armar as jogadas. Com o adversário apagado, o México chegava mais ao ataque, especialmente com Rivera, tanto que em somente um minuto Gabriel teve que sair duas vezes para defender um chute do mexicano.
Com Coutinho tendo atuações abaixo de suas habilidades, Ney Franco aos 22min tirou o camisa 10 para a entrada de Dudu, e substituiu Gabriel Silva por Allan. Modificando a tática em campo, o Brasil abriu mais seu jogo pelas laterais, especialmente com Negueba e Dudu, que já é considerado uma espécie de medalhão para a Seleção Sub-20. Em todas as partidas que entrou, o jogador teve ótimas atuações, marcou 3 gols e deu assistências fundamentais. Nesta não foi diferente. Aos 30min ótima jogada de Dudu, que carregou pela esquerda com velocidade e cruzou na área. O goleiro cortou, deu rebote, mas não apareceu ninguém para aproveitar.
Com o jogo pelas laterais funcionando com velocidade, saiu o gol brasileiro aos 34min. Negueba pela direita cruzou para Henrique na área, o atacante de cabeça mandou para o fundo das redes, abrindo o placar a favor do Brasil para a alegria da torcida colombiana, que explodiu no estádio em comemorações: 1 a 0.
E novamente Henrique apareceu para anotar seu segundo aos 38min, decretando a vitória da Seleção Brasileira: jogada de Danilo que enfiou para Dudu, o camisa 7 deu um cruzamento preciso para Henrique, que na área com um toquinho ampliou o placar: 2 a 0 para o Brasil.
Com o placar desfavorável, o México começou a apelar e esquecer o fair play, enquanto a Seleção ainda tinha fôlego para tentar o terceiro gol, Dudu e Henrique fazendo uma dupla eficaz no ataque. Mas o marcador ainda apontava 2 a 0 quando o árbitro apitou o final da partida, e a Seleção Brasileira pôde comemorar sua classificação para a final, onde enfrentará no próximo sábado a Seleção de Portugal, em Bogotá.
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