27 de outubro de 2011

Seleção masculina de vôlei e seu caminho para a final

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Em busca pelo quarto título Pan-Americano, a Seleção Brasileira Masculina enfrentou os Estados Unidos na última quarta-feira (26.10) em partida válida ainda pela fase de grupos. Os brasileiros sofreram um apagão no primeiro set, contudo tiveram maturidade para reagir e dominaram as outras três parciais, vencendo os norte-americanos por 3 sets a 1, parciais de 18/25, 25/17, 25/14 e 25/18. Com três vitórias em três disputas, a Seleção Brasileira terminou a fase de grupos como líder da chave B, garantindo sua classificação direta para as semifinais.

No mata-mata o adversário do Brasil foi um conhecido rival nosso nos esportes, os hermanos. Com um time jovem, contudo talentoso e que conseguiu derrotar os norte-americanos para classificar-se as semifinais, a Argentina entrou em quadra nesta sexta-feira (28.10) para enfrentar os brasileiros na disputa que valia uma vaga para nada menos que a decisão do vôlei masculino no Pan-Americano. O duelo entre os vizinhos sul-americanos foi acirrado e tenso, mas para a alegria dos torcedores brasileiros, a Seleção venceu a Argentina por 3 sets a 1, parciais de 26/28, 27/25, 25/22 e 25/15, tirando os hermanos da decisão e deixando-os disputarem a medalha de bronze.

Brasil x Estados Unidos

Como em uma boa disputa entre os norte-americanos e brasileiros, a partida já teve polêmicas logo no início, especialmente por conta da arbitragem. A Seleção Brasileira entrou em quadra com muita disposição, contudo exagerando na força, mandando saques e contra-ataques para fora, deixando os adversários liderando o placar por 8 a 5. E uma sequência de erros deixaram os Estados Unidos prosseguir a frente. Rubinho ingressou Wallace Martins e Murilo Radke em quadra tentando apostar no bloqueio que vinha falhando, e Bruninho encaixou dois bons saques que ajudou a Seleção Brasileira a encostar no marcador: 16 a 18. Mas os erros voltaram, e em um toque de rede norte-americano não apontado pela arbitragem, os brasileiros desestabilizaram; Bruninho recebeu cartão amarelo, e o primeiro set foi dos Estados Unidos: 25 a 18. Foram 6 erros de saque brasileiros contra 5 dos norte-americanos, e o ataque foi o grande vilão nesta parcial, de 26 tentativas somente 10 converteram em ponto para a Seleção Brasileira.

Vogel mandou um saque para fora e deu o primeiro ponto para os brasileiros no segundo set. Mais atento e com o bloqueio funcionando, a equipe verde e amarela conseguiu respirar mais tranquilamente, abrindo quatro pontos de vantagem, 8 a 4. Com Wallace Souza e Lipe aparecendo bem e a defesa parando os ataques adversário, o Brasil manteve a folga no marcador, e em um bloqueio de Gustavo fechou o set com larga vantagem: 25 a 17.

A equipe verde e amarela voltou muito atenta para a terceira parcial, e buscando controlar o ritmo do jogo desde o principio. O resultado foi um time norte-americano desnorteado em quadra, que se deparou com o ótimo saque brasileiro, como o de Wallace Martins, que na sua passagem pelo fundamento ajudou o Brasil a disparar no placar, e em uma invasão adversária, os brasileiros lideravam no primeiro tempo por 8 a 3. Wallace Martins afundou as chances de reação dos norte-americanos marcando o vigésimo quinto ponto, passeio verde e amarelo no terceiro set que terminou com 25 a 14.

Os Estados Unidos voltou para a quarta parcial mais animado, e disputando com afinco cada bola, proporcionando alguns interessantes ralis. Porém logo a boa técnica dos brasileiros começou a prevalecer com o saque dificultando a recepção norte-americana. Com a desvantagem aumentando, os Estados Unidos começaram a jogar em cima de Bruninho, impedindo seus levantamentos, contudo a tática não adiantou, o Brasil continuou com convertendo os pontos, forçando os norte-americanos a adotarem outra estratégia. Até que em um contra-ataque de Éder, a Seleção Brasileira finalizou a partida, 25 a 18..

Brasil x Argentina (semifinal)

O primeiro set iniciou com um ponto de ataque do capitão Sole. Em uma troca de erros de saque e bolas que pararam na rede, a Argentina levou vantagem e liderava na primeira parada técnica por 8 a 6. o saque brasileiro não estava ajudando a dificultar o jogo para os argentinos, que ampliaram a diferença no marcador para quatro pontos, fazendo o técnico Rubinho parar a partida. O tempo surtiu efeito e o Brasil voltou mais animado em quadra, com Thiago Alves aparecendo bem e "descendo o braço" e os jogadores conseguindo encaixar melhor o saque. O decorrer da parcial seguiu equilibrado, porém em uma bola de ataque de Wallace que parou na rede, a Argentina levou a melhor no começo do duelo: 28 a 26.

O início do segundo set foi equilibrado, com o saque brasileiro melhor tentando atrapalhar a ótima recepção argentina, que salvava inúmeras bolas difíceis. Em uma disputa tão acirrada, as habilidades individuais tinham que se destacar, como a de Gustavo, que na experiência deu uma largadinha pelo meio de rede para colocar o Brasil a frente: 8 a 7. Explorando as deficiências da Argentina, a Seleção Brasileira deslanchou no decorrer da parcial, abrindo 16 a 9, contudo os hermanos não desistiam fácil, e na passagem de Gonzalo Quiroga pelo saque a Argentina conseguiu diminuir a desvantagem. Pressionados, os brasileiros começaram a cometer erros básicos até que deixaram os adversários empatar com um ponto de bloqueio triplo: 22 a 22. E em um bloqueio também, mas para o alívio da torcida verde e amarela desta vez de Gustavo, o Brasil conquistou seu primeiro set: 27 a 25.

Com outro começo de parcial intensamente disputado entre as equipes, o terceiro set iniciou com o bloqueio de ambos os times funcionando e mantendo a bola no ar por mais tempo, além de vários erros de saque. Os brasileiros conseguiram se encontrar melhor em quadra e corrigir esses defeitos ao longo do set, e com Gustavo inspirado no final da parcial e chamando a responsabilidade para si, o Brasil fechou em 25 a 22.

Sabendo da importância do quarto set, os brasileiros voltaram a quadra mais atentos e dispostos a encerrar logo a disputa. Thiago Alves abriu o placar com uma bola vindo pelo fundo, sem dar chances para a defesa. O volume de jogo argentino não era mais o mesmo, e errando muito a Argentina deixou o Brasil abrir 8 a 4 na primeira parada técnica, e seguir ampliando esta vantagem, aproveitando-se de um saque forçado e da força de seus atacantes. A situação da Argentina seguiu piorando, até que em um ponto espetacular de defesa de Bruninho e um saque na rede, a Seleção Brasileira ganhou seu terceiro set, 25 a 15, conseguindo a vitória e carimbando sua ida para a decisão.

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