3 de fevereiro de 2012

Superliga B - Apav/Canoas x Santo André

Aproveitei a folga na última quarta-feira para ir ao Ginásio Poliesportivo La Salle, em Canoas - RS, assistir a equipe masculina de vôlei Apav/Canoas que participa da Superliga B. O time vinha de um começo impecável na competição que dará ao ganhador no final a tão oportuna vaga na Superliga A, elite do esporte nacional. Mas antes de começar um relato sobre como foi a partida, vamos a uma rápida explicação de como funciona a “série B” do vôlei nacional. Segundo a CBV:

Ao todo, oito times começarão a luta pelo título a partir de janeiro. A competição ocorrerá em paralelo à primeira divisão e classificará o campeão para a Superliga A na temporada 12/13. Os times estarão divididos em dois grupos. Na chave A, estarão: Funvic/Midiafone, Morro da Fumaça, Sport Clube do Recife e UFC/Ceará. Santo André, Climed/Atibaia, APAV/Canoas e Clube do Remo formam a chave B.

Photobucket
(O Canoas é a equipe de camisas pretas, enquanto o Santo André estava de azul)

Explicações feitas, voltamos à equipe da minha cidade rio-grandense. Para a alegria dos gaúchos, Canoas venceu os três primeiros jogos que realizou por 3 sets a 0, conseguindo assim a liderança do grupo B com 9 pontos. Os torcedores esperavam uma atuação ainda melhor da equipe jogando em casa, mas o que aconteceu não foi de encontro a essas expectativas. Por 3 sets a 2, o visitante Santo André foi o algoz do primeiro revés de Canoas, que em frente a sua torcida apresentou um jogo inconstante e em várias vezes até mesmo desistente.

Para um evento pouco divulgado, até que um número bom de torcedores foram no Ginásio La Salle, a maioria pessoas de mais idade acostumadas com o bom histórico do vôlei gaúcho, que nos últimos anos infelizmente decaiu muito. Cheguei cedo e decidi sentar bem no meio das arquibancadas, tendo uma visão boa dos dois lados da quadra. O problema é que mais torcedores pensaram a mesma coisa, e meus companheiros foram justamente às pessoas que mais berraram durante a disputa. Tudo bem, afinal assistir esportes é para se descabelar mesmo, mas a situação fica chata quando você está no quarto set e o repertório de xingamentos das pessoas é tão escasso quanto a minha paciência. Mas vá lá, a gente ignora e segue a barca.

Photobucket

Canoas iniciou melhor na partida, abriu 3 a 1 no começo do primeiro set, mas logo depois deixou o Santo André virar 4 a 3 no marcador, dando uma amostra de como seria a disputa. Os visitantes se mantiveram na frente durante toda a parcial, vencendo a mesma por 25 a 22. O segundo set teve mais a cara daquela equipe que venceu uma sequência de três jogos, um dos mais experientes da equipe, o oposto Xanxa, apareceu bem para ajudar o time a abrir vantagem e fechar a segunda parcial com folga: 25 a 19.

Photobucket

No terceiro set novamente a equipe gaúcha decaiu, após apresentar um jogo consistente no inicio, abrindo 16 a 13 no segundo tempo técnico, deixou os visitantes empatarem e a parcial se arrastou para mais de 30 pontos. Forçando muito no ataque, as duas equipes cederam erros e apostaram mais no seu poder ofensivo que em outros fundamentos. O resultado foi uma longa troca de pontos até que finalmente os visitantes levaram a melhor: 33 a 31.

Canoas aproveitou-se dos erros adversários para conseguir virar o quarto set, onde perdiam por 5 a 8 na primeira parada técnica e acabaram finalizando por 25 a 20, levando a decisão da partida para o tie-break. No set desempate, novamente um começo equilibrado até que os donos da casa tiveram outro “apagão”, deixando o Santo André adquirir vantagem e vencer a parcial por 15 a 11, ganhando a disputa por 3 sets a 2.

Photobucket

Números a parte, vou dar meu pitaco sobre o Canoas, porque como fã de vôlei estou praticamente em desespero para que a equipe ganhe e conquiste o acesso a Superliga A. O grupo em si é bom, formado mais por jogadores experientes enquanto os novos aquecem o banco na maioria do tempo. É compreensível, porque o time foi arrumado às pressas e isso fica muito visível no desencontro deles em quadra. Não poucas vezes dois jogadores se movimentaram para salvar a mesma bola e nenhum deles foi de fato porque faltou comunicação. Muitos pontos importantes foram perdidos pela falta de um “Ei, é minha!” em quadra.

Outra coisa que senti uma falta imensa era de um líder. Roberto Minuzzi é o capitão da equipe, mas sinceramente não senti que ele levantava os ânimos de seus companheiros, carregou o time nas costas em muitos momentos, mas no fator incentivo nenhum dos atletas se destaca. E o Canoas precisou em muitas situações de um líder que alavancasse o melhor dos jogadores. Faltava comemoração em grupo, uns berros e aqueles típicos palavrões que estamos acostumados. Além disso, a desistência dos atletas em buscar uma bola mais longe ou se atirar em quadra para salvar um ataque era desanimador para o público. São quesitos mais para o técnico Paulão, campeão olímpico pela Seleção Brasileira, arrumar fora de quadra com motivação do que propriamente nos treinamentos.

E para não dizerem que não falei nada de positivo, o Canoas novamente demonstrou um bom desempenho, dessa vez contra o Clube do Remo/AABB nessa sexta-feira, derrotando os visitantes por 3 sets a 0, parciais de 29/27, 25/12 e 25/22. Com o resultado, os donos da casa continuam na liderança da chave B com 13 pontos, seguido do Santo André com onze e pelo Climed/Atibaia, 4 pontos, e Clube do Remo/AABB na lanterninha com dois.

Photobucket
(Esta sou eu suada e sorrindo provavelmente em um dos bons momentos do Canoas. Créditos das fotos a minha amiga Carolina)

Nenhum comentário:

Postar um comentário