9 de junho de 2011

Brasil vs Romênia, Mano Menezes e o Coritiba.

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(O único gol do Brasil contra a Romênia foi marcado por Fred, num cruzamento do Neymar)

Em agosto do ano passado aconteceu o primeiro jogo do Mano Menezes como técnico da Seleção Brasileira. Foi um amistoso contra os Estados Unidos, onde um renovado Brasil ganhou por 2 a 0 dos nossos “vizinhos” americanos. O novo técnico estava sendo tão bem visto pela mídia em geral, que praticamente estavam o canonizado; até parecia que o Mano Menezes seria o próximo Papa, se bem que no país do futebol aquele técnico que conseguir reerguer a Seleção nacional, após a eliminação em uma Copa do Mundo, pode ter um lugarzinho reservado no Vaticano por suas benfeitorias.

Foi exaustivo ouvir que com Mano Menezes o Brasil estava voltando as raízes, com um futebol bonito, alegre e, adjetivo que eu mais abomino no esporte, moleque. Em suma, aparentemente na “era Dunga” os jogadores entravam em campo em meio a lágrimas e tínhamos que passar 90 minutos assistindo a um plantel desinteressado e derrotista. Dunga errou sim, foi cabeça dura por não ter chamado jogadores revelações como o Ganso e Neymar para, ao menos, ficar no banco de reservas. Com a contusão de Elano e as oscilações de Kaká, o que a Seleção Brasileira mais precisava era de reservas a altura do time titular, contudo somente Dani Alves e, na minha opinião Nilmar, cumpria esse requisito. Perdemos as chances de avançar um passinho a mais na Copa do Mundo na África do Sul, porém sempre achei um desproposito essa malhação em cima do Dunga.

E quando Mano Menezes assumiu como técnico, e logo a mídia criou um lema para canarinho a lá Neymar de “ousadia e alegria”, a maioria esqueceu a Copa das Confederações em 2009, a Copa América em 2007, os bons resultados e poucas derrotas na época que o time era comandado por Dunga. É claro que o Brasil está em fase de renovação, treinando jovens jogadores para atuar e agüentar sentir o peso que é jogar nessa Seleção, entretanto, apesar de ser necessário dar tempo para obter os resultados, eu vejo em campo uma Seleção Brasileira apática, como se vestir a camisa amarela com 5 estrelas, a mesma que o melhor jogador de todos os tempos teve a honra de consagrar, não fosse razão suficiente para fazer um esforço e jogar bem, ao menos com força de vontade, essa mesma que o Coritiba teve contra o Vasco na final pela Copa do Brasil desse ano.

O Coxa perdeu, contudo a garra dos jogadores encantou a todos e tornou o clube muito mais que apenas vice-campeão. A Copa América está logo ai, e o último placar do Brasil de 1x0 contra uma Romênia, desfalcada de importantes jogadores, me faz desejar que o Uruguai consiga repetir a surpreendente campanha da Copa do Mundo de 2010, pois “aturar” os hermanos vencendo em sua própria casa será tão indigesto como ter que continuar ouvindo os sininhos de “futebol alegre e moleque”. Bem, talvez ainda dê tempo do Mano Menezes trocar sua convocação para o campeonato e chamar todo o time do Coritiba, quem sabe assim eu não precise depender das minhas esperanças no bom futebol de Forlán e cia.

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