O Uruguai chegou para a final com três vitórias em cinco jogos disputados, buscando conquistar seu décimo quinto título na Copa América, passando a Argentina que possui quatorze taças. Pelo outro lado a Seleção do Paraguai apresentou-se para a decisão sem ter conquistado uma vitória sequer, e conseguiu passar pelas fases graças ao decisão nos pênaltis, tendo derrotado inclusive o Brasil nas cobranças. Contudo o setor ofensivo do Paraguai, que tão pouco atuou no campeonato, fez falta na decisão, enquanto o bom ataque do Uruguai brilhou, especialmente Diego Forlán, que anotou dois gols dos três feitos pela Celeste.
Escalação do Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Coates, Martín Cáceres (Godín); Álvaro González, Pérez (Eguren), Arévalo, Álvaro Pereira (Cavani); Forlán e Luis Suárez.
Escalação do Paraguai: Villar; Verón, Da Silva, Marecos, Piris (Hernán Pérez); Ortigoza, Riveros, Vera (Estigarribia), Victor Cáceres; Haedo Valdez e Zeballos (Lucas Barrios)
Desde o inicio da partida quem ditou o ritmo foi o Uruguai, sendo dele a primeira chance de abrir o placar: após uma jogada de Suárez pela direita, o atacante chutou cruzado, mas o bom goleiro Villar, conseguiu defender e mandar pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio polêmica na partida, o capitão Lugano subiu e cabeceou com força, Villar até consegue defender, mas dá rebote, e o zagueiro novamente manda para o gol. Ortigoza tirou com a mão o perigo, contudo o árbitro brasileiro Spinola não marca infração alguma apesar das reclamações uruguaias.
A Celeste seguiu pressionando o Paraguai, aproveitando-se dos escanteios e das cobranças pela lateral para acionar seu jogo aéreo. Os guaranis, como vieram fazendo durante a Copa América, contentavam-se em se defender, chegando pouco a área adversária.
Aos 11min a ofensividade da Celeste é recompensada com um belíssimo gol de Suárez. O atacante recebeu passe de Forlán dentro da área, desviou de um zagueiro e mirou firme para chutar de pé esquerdo, a bola bateu na trave e entrou no gol guarani: 1x0 para o Uruguai.
Com o gol adversário, o Paraguai foi obrigado a atacar, e aos 15min após receber passe de longe Haedo pegou de primeiro na bola e chutou, mandando para cima do travessão o que foi a chance mais clara dos guaranis até o momento.
Tendo o placar a sua vantagem o Uruguai administrou o jogo, moderando a intensidade e mantendo seus jogadores mais recuados. Forçados a empatar, o Paraguai avançava para cima da Celeste, que para se defender começou a fazer duras faltas, deixando o jogo mais truncado, sendo um festival de cartões amarelos para os uruguaios.
Após ter mantido a disputa mais contida, o Uruguai torna a aplicar velocidade na disputa, criando novas chances de gols. Aos 35min Suárez invade a área adversária, dribla os jogadores guaranis e solta a bomba, contudo a bola bate do lado de fora das redes. Outra chance de gol, dessa vez com Forlán, que após receber cruzamento bateu de voleio para o meio do gol guarani, contudo Villar estava a postos para defender.
O bom jogo do atacante foi coroado aos 41min, com um gol após um ano sem balançar as redes pela Celeste. Arévalo desarmou Ortigoza e deu assistência para Forlán, que apareceu livre pela lateral e de canhota balançou a rede paraguaia: 2x0 para o Uruguai e fim dos primeiros 45 minutos.
O segundo tempo iniciou nervoso, com muitas faltas do Uruguai, que recuava para seu campo a fim de manter o resultado. O Paraguai pressionava, e aos 8min quase que Valdez reaviva as esperanças guaranis: o atacante recebeu ótimo passe de Ortigoza na área, Valdez pegou de voleio e chutou, mas o tento morreu na trave.
Aos 16min novamente um susto do Paraguai com Riveros, porém Muslera sai bem para defender. Na metade do segundo tempo outro lance polêmico, falta de Coates sobre Zeballos que ficou caido na área. O Paraguai pediu pênalti, contudo o árbitro brasileiro seguiu o jogo.
Aos 28min boa chance de gol de Cavani, mas uma defesa espetacular de Villar impediu o Uruguai de aumentar o placar. O Paraguai tentou chegar ao gol de diversas formas, porém a defesa compacta da Celeste impedia o desespero guarani de finalizar. E já no finalzinho, aos 44min, o Uruguai consagra sua goleada: Cavani lançou para Suárez, o atacante cabeceou e deixou Forlán sozinho na cara do gol, que não perde a oportunidade e anota mais um para a Celeste, coroando a vitória do Uruguai por 3x0 sobre o Paraguai. Fim de jogo no estádio Monumental de Nuñez, e festa da Celeste, que conquista a Copa América pela décima quinta vez, o último troféu sendo ganho em 1995.
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