9 de outubro de 2011

Em vitória de Button, quem brilhou foi Vettel

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Jenson Button pode ter jogado água no chopp de Sebastian Vettel, mas nada suficiente para apagar seu sorriso maroto e forçá-lo a abaixar seu tradicional dedo em riste, que tanto irrita seus colegas de pista. E com razão, o sinal virou marca das vitórias do jovem talentoso que na madrugada deste domingo, 9 de outubro, tornou-se o piloto mais jovem a conquistar o bicampeonato mundial da Fórmula 1.

Foram doze pole positions, nove vitórias e uma larga vantagem de pontos em relação ao segundo colocado da classificação geral, Jenson Button, da McLaren. Para coroar uma temporada impecável, nada melhor do que ganhar o Mundial da categoria com quatro corridas de antecipação e em um circuito histórico, palco de grandes conquistas de um dos maiores ídolos do esporte, Ayrton Senna. O Grande Prêmio do Japão aconteceu no circuito de Suzuka, onde em 1988 veio o primeiro título do herói brasileiro, em uma disputa marcada pela superação do piloto que então atuava pela McLaren.

Vinte e três anos depois, um jovem alemão, nascido em Heppenheimem, repetiu o feito do mito da Fórmula 1, contudo em condições bem diferentes. Desde a bandeirada inicial, Sebastian Vettel disparou na dianteira para comandar o batalhão de carros. Com cômoda vantagem, o piloto da Red Bull precisava somente de um pequeno ponto para conquistar o Mundial da categoria, e o único adversário que poderia impedir tal feito, Jenson Button, foi acuado logo nos primeiros metros pelo alemão, que buscava não somente pontuar, mas sim a vitória em terras japonesas.

Na largada, o piloto da Red Bull fechou a McLaren de Button, e para não tocar na grama, o inglês foi forçado a desacelerar, perdendo sua segunda colocação para seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton. Mas, assim como Vettel, Jenson Button não é daqueles que desiste de uma batalha, e logo o bravo inglês recuperou sua posição do grid de largada.

Em uma pista desgastante, os pilotos começaram a ir para os boxes na nona volta, e na segunda parada ao pit stop, lá pela volta de número vinte, Vettel, que até então liderava, e Button travaram mais uma acirrada disputa. Ao contrário do início da corrida, o inglês levou a melhor e assumiu a liderança para não deixá-la mais. Novamente Hamilton e Massa se estranharam, tocaram pneus e um pedaço do bico da Ferrari do brasileiro acabou ornando a pista. O safety car entrou, conduziu algumas voltas e saiu, e nada de Vettel conseguir recuperar seu primeiro lugar, Button abria 2,6s de vantagem para a Red Bull do alemão. Cada vez mais seu bicampeonato desenhava-se com sua subida a outro lugar do pódio que não o mais alto.

E em uma corrida onde o destaque era a juventude de Vettel, um veterano sentiu o gostinho da liderança tantas vezes apreciado em sua carreira campeoníssima. Schumacher, por parar só duas vezes para trocar pneus enquanto o batalhão da frente já havia realizado três paradas, assumiu a dianteira por algumas voltas, mas logo sua Mercedes foi forçada a fazer o pit stop, e Button retomou a liderança, seguido por Fernando Alonso, da Ferrari, que aproveitou a lentidão de Vettel (consequência do desgaste de seus pneus médios) para tomar a segunda posição. Para o alemão que já comemorava seu bicampeonato, restava segurar a terceira colocação e subir ao pódio.

Segurando-se dos constantes ataques de Alonso, Jenson Button cruzou a bandeirada final em primeiro, deslanchando a briga pelo vice-campeonato do Mundial. Com a vitória, Button tem 210 pontos, enquanto Alonso vem logo atrás com 202. Em quarto lugar na classificação geral está Mark Webber, com 194, seguido por Lewis Hamilton com 178 e Felipe Massa com 90 pontos.
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Apesar da alegria do inglês, único piloto na temporada a conquistar três vitórias, salvo Vettel, o dia era do alemão da Red Bull, que ficou com o terceiro lugar, contudo não se abateu com a derrota e subiu ao pódio com a sensação de ter vencido a disputa. Não foi sua décima vitória da temporada, mas quem ficaria triste por não ter vencido quando se é campeão do Mundial de 2011 da Fórmula 1?
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Classificação final do GP do Japão:

1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 53 voltas em 1h30m53s427
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 1s160
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 2s006
4 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 8s071
5 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 24s268
6 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 27s120
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 28s240
8 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 39s377
9 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 42s607
10 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 44s322
11 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 54s447
12 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1m02s326
13 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m03s705
14 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1m04s194
15 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1m06s623
16 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - a 1m12s628
17 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1m14s191
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 1m27s824
19 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 1m36s140
20 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
21 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
22 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas
23 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas

Não completou:
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 42 voltas

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