A seleção espanhola chegou à Copa como uma das favoritas ao título. Estreiou contra a Suiça e, para a surpresa de todos, perdeu. 1 x 0. Várias pessoas e jornalistas começaram a por em xeque o poder da Furia Roja, que tinha a fama de chegar aos jogos decisivos e amarelar.
O técnico Vicente del Bosque garantiu que a seleção não mudaria seu estilo de jogo e assim, contra a fraca seleção de Honduras veio a reabilitação. Uma vitória por 2 x 0, com dois gols de David Villa, que até pênalti perdido teve.


O adversário da rodada seguinte foi a seleção Chilena, o jogo foi duro, mas, novamente, a Espanha reforçou se favoritismo e bateu a seleção por 2 x 1. Gols de David Villa, que ia se consagrando como atrilheiro, e de Andres Iniesta.
O jogo foi marcado pelo recorde de David Villa, que se tornou o maior artilheiro espanhol em Copas do Mundo, com 6 gols, ultrapassando jogadores como Raúl González, Emilio Butragueño e Fernando Hierro.


La Furia Roja passou às oitavas de final e o adversário foi Portugal, o derby Ibérico foi dominado, desde o início pela Espanha e, o placar de 1 x 0 só não foi maior devido às grandes intervenções feitas pelo goleiro português. A Roja teve posse de bola de 61% e 10 chutes ao gol, apenas um convertido pelo, cada vez mais artilheiro, David Villa.
Nas quartas de final o adversário que seria, supostamente, o mais fácil, foi o que deu mais trabalho à seleção. O Paraguai surpreendia por sua campanha, mas o favoritismo era espanhol.
Por pouco La Roja também não foi surpreendia. O goleiro e capitão, Iker Casillas, garantiu a vitória espanhola ao defender um pênalti cobrado por Cardozo. No lance seguinte a Furia conseguiu um pênalti, muito contestado pelos paraguaios. Xabi Alonso bateu, mas o juíz ordenou que a cobrança fosse repetida, os espanhóis haviam invadido a área, dessa vez, não deu para Xabi, mas no rebote houve pênalti claro do goleiro em Cesc Fábregas, o juíz ignorou.
A salvação veio com um gol chorado de Villa aos 38' do 2o tempo. A Espanha se classificava para as semi-finais onde enfrentaria a poderosa Alemanha, a mesma que havia batido 2 anos antes na final da Eurocopa.


Um dos confrontos mais equilibrados da Copa do Mundo. A Espanha vinha encantando por seu estilo de jogo, com posse de bola e pressão absurda, entretanto as chances perdidas podiam trazer problemas para a Furia.
A Alemanha havia chegado à África do Sul com certa desconfiança, uma seleção muito jovem, entretanto, calou essa desconfiança, os resultados amplos, como o 4 x 0 na Argentina, davam confiança e faziam da seleção uma das favoritas ao título.
Amplo domínio Espanhol na 1a etapa, 57% de posse de bola e 6 chutes ao gol, contra apenas 1 da Alemanha, tudo o que faltava a Roja era colocar a bola no gol.
Na volta do intervalo a Espanha estava ainda mais impossível, troca de passes e uma chance perdida atrás da outra. Quando a seleção tricampeã parecia que ia acordar e tomar as rédeas do jogo, após uma grande defesa de Casillas no chute de Kroos, porém, o destino, (ou seria o Polvo Paul?), quis que fosse a Espanha a ganhar aquele duelo.
Xavi cobrou escanteio, Carles Puyol subiu e marcou. O gol que colocava La Furia Roja em sua 1a final era do zagueiro. Um gol eternizado na memória dos amantes do futebol.


Era chegado o dia. O dia em que a Espanha colocaria à prova toda sua fama e poder. Contra a Holanda, que pela 3a vez, também ia em busca do título.
A Laranja Mecânica em nada lembrava aquela que encantou o mundo, comandada por Cruyff, mas não podia ser menosprezada, afinal havia deixado pelo caminho adversários como Uruguai e Brasil.
As duas equipes entraram em campo tensas, não lembravam em nada a Espanha do toque envolvente, das várias chances. E a Holanda do contra-ataque mortal? Onde estava?
O 1o tempo terminou com o placar em 0 x 0. Poucas chances, o destaque foi o excesso de cartões, decepcionante.
No 2o tempo houveram mais chances, Arjen Robben perdeu um gol incrível, cara a cara com Casillas, aquele gol poderia ter mudado a história do jogo. Mas ninguém mecheu no placar, cada seleção ia perdendo as chances, até que o tempo se esgotou e veio a prorrogação.
La Roja chegava com mais frequência e perigo, mas as chances da Holanda disparavam corações holandeses e espanhóis. O 1o tempo também terminou em 0 x 0 e, pelo panorama do 2o, parecia que o campeão sairía nos pênaltis, porêm, a 5 minutos do fim do jogo surgiu o herói.
Jesus Navas foi ao ataque, em uma troca de passes com Cesc Fábregas, o jogador do Arsenal deu uma linda assistência para Andres Iniesta que chutou cruzado, deixando Van der Vaart estendido no gramado e milhões de corações holandeses despedaçados. Na comemoração uma homenagem à Dani Jarque, ex-jogador do Espanyol que havia morrido em 2009, aos 26 anos.
Andres Iniesta o herói de uma campanha que coroou, merecidamente, a Espanha. 1a campeão européia fora do continente, seleção que trouxe de volta o estilo de jogo que tanto encanta, com uma troca de passes envolvente, várias chances criadas e posse de bola extremamente elevada.
A Espanha calou aqueles que à chamavam de amarelona, provou que sua cor é a vermelha, que merece ser chamada de La Furia Roja, provou que é possível jogar bonito e fazer resultado.
Hoje, após 1 ano dessa conquista, ainda é difícil encontrar alguém que não se encantou pela maneira simples e envolvente da seleção.
Que a Furia ainda traga muitas alegrias a todos nós, amantes do futebol.

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