25 de setembro de 2011

28 vezes Brasil

A decisão do Sul-Americano de vôlei aconteceu neste domingo, no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, e colocou frente a frente dois rivais bem conhecidos nesta parte da América: Brasil e Argentina. Ambas as seleções foram para a final sem ter perdido nenhum set ao longo da competição, mas, como era o esperado em uma partida com dois bons elencos, a invencibilidade das duas equipes caiu, mas somente uma pode comemorar o título. E foi a vigésima vez que ele foi comemorado. O favoritismo prevaleceu e a experiente Seleção comandada pelo técnico Bernardinho suou, passou momentos de sufoco, contudo conseguiu conquistar mais uma medalha para a coleção, vencendo por 3 sets a 1, parciais de 25/20, 19/25, 25/23 e 25/21. Ao protagonizarem a decisão do Sul-Americano, Brasil e Argentina carimbaram seus passaportes para a Copa do Mundo da modalidade, que acontecerá no final do ano, no Japão. E vale vaga para as sonhadas Olimpíadas de Londres, em 2012.
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A disputa iniciou equilibrada, com a Seleção Brasileira ligeiramente melhor, aproveitando-se da experiência de seus jogadores, foi para a primeira parada técnica liderando: 8 a 6. Apesar da juventude dos argentinos, a primeira parcial não foi fácil para os brasucas, e a disputa era ponto a ponto, a Argentina cedendo mais pontos para o Brasil com seus erros, especialmente no saque (ao todo foram 13 pontos só de erros do time albiceleste). Até que com boas atuações do ponteiro Dante, os comandados de Bernardinho fecharam o primeiro set em um bloqueio de Murilo: 25 a 20.

Dante abriu o placar na segunda parcial, e novamente a disputa foi equilibrada, contudo em uma sequencia de desatenção brasileira os hermanos passaram a frente, indo para a primeira parada em vantagem: 8 a 5. Bernardinho efetuou mudanças em quadra, chamou a atenção do seu elenco, porém o Brasil perdia por quatro pontos de diferença na segunda parada obrigatória. Mas o decorrer do set desenhava a vitória dos argentinos, que mantiveram a vantagem, fazendo Bernardinho pedir tempo quando o placar apontava 14 a 20. A Seleção correu atrás da desvantagem, Sidão apareceu bem na partida para ajudar, porém não teve jeito, e o Brasil perdeu seu primeiro set em todo o Sul-Americano: 25 a 19 para a Argentina.

O terceiro set começou com ponto argentino, contudo com a passagem de Murilo no saque, a Seleção conseguiu abrir 4 a 1, incluindo um ace do capitão da Seleção Brasileira em quadra. E Murilo chamou os companheiros para engrenar a reação do time da casa, que arrancou aplausos da torcida com a vantagem conquistada: 8 a 3 no primeiro tempo. E o saque vinha sendo o protagonista desta parcial, com as duas equipes aproveitando muito o fundamento para quebrar a recepção adversária. O Brasil bobeou e deixou os hermanos encostar no marcador, 12 a 12, e então o jogo esquentou novamente, cada ponto sendo muito disputado. Os Argentinos seguiram coladas no placar, mas em uma bola fora deles, a Seleção Brasileira fechou o set: 25 a 23.

E o sufoco continuou no quarto set, a Argentina estava disposta a levar a decisão para o tie-break, porém o Brasil voltou melhor para a disputa, abrindo 8 a 4. E ao contrário da parcial anterior, a Seleção conseguiu segurar a vantagem, e aproveitou-se dos erros dos hermanos para liderar também na segunda parada obrigatória: 16 a 11. Com a vantagem do time da casa, começou a catimba argentina, e os ânimos ficaram alterados no Aecim Tocantins, tanto que Bernardinho recebeu cartão amarelo por reclamação da arbitragem, o que automaticamente deu um ponto para os adversários. O time verde e amarelo se desconcentrou e deixou a Argentina encostar no placar, 19 a 18. Mantendo a cabeça fria, a Seleção Brasileira controlou os pontos finais e em um ace de Sidão, fechou o quarto e último set: 25 a 21, e o público que lotou o ginásio Aecim Tocantins pode comemorar mais um título verde e amarelo, observando de pertindo os ídolos do vôlei nacional fazendo o tradicional peixinho da vitória.
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E em um torneio marcado pela diferença de gerações, com o time brasileiro tendo a maior média de idade entre os participantes, um veterano líbero foi o grande destaque. Serginho recebeu nada menos que quatro prêmios individuais, o de melhor defesa, melhor recepção, melhor líbero e, após tantas premiações, é claro, melhor jogador do Sul-Americano. Dante foi eleito o melhor ataque da competição, o Sebastian Sole o melhor bloqueio, seu conterrâneo, Luciano de Cecco, melhor levantador, e Kervin Pinerua, da Venezuela, o melhor jogador no saque.
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